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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Uso do celular na sala de aula! E agora???

Pessoal, aqui no RS temos um decreto que proíbe o uso do celular em sala de aula (nas escolas públicas estaduais). O decreto foi muito bem aceito pelas equipes diretivas e professores. Porém, os alunos ainda têm resistência em cumprir com o proposto. É óbvio que não é específico a proibição somente por parte dos alunos. O uso é proíbido e, os professores devem dar o exemplo também (o que acaba sendo a queixa de muitos estudantes)...
Entretanto, existe uma vertente que acredita que o celular é uma nova tecnologia que deve ser utilizada como uma ferramenta pedagógica. E, é aí que começa o debate...
Não raro encontramos vídeos na internet postados por alunos que o gravam dentro da escola ou até mesmo dentro de sala de aula. Muitos vídeos denigrem a imagem dos professores e até de outros alunos. Em época que o termo "bulling" está na vitrine da mídia, constata-se que a violência vai além de contato físico e apenas entre os discentes.
Muitos colegas professores sentem-se humilhados com vídeos e comunidades que circulam contra si.
É realmente triste. É triste verificar a que ponto chegou a relação aluno X professor e professor X aluno.
Uma ferramenta que poderia contribuir positivamente dentro do ambiente escolar como é o caso dos aparelhos celulares, devido a uma minoria (um tanto ousada) acaba sendo prejudicial.
O uso dos celulares, no entanto, traz não apenas benefícios, mas em alguns casos, gera transtornos e dificuldades. Existe certa “ética” quanto ao uso do celular, que não é explícita, mas oculta e imperceptível, a orientar a maioria das pessoas.
Quantas vezes nos incomodamos com o cidadão que a nossa frente aos berros troca informações pelo celular...ou até mesmo no teatro ou no cinema...
Temos que buscar esta ferramenta como uma aliada, evitando as distrações, "toques", mensagens, torpedos, fotos, vídeos, músicas e uma série de outras alternativas que o celular traz ao nosso alunado (a cada dia mais atrativos e com mais opções no menu).
Neste sentido, chegamos à conclusão de que, ao mesmo tempo em que o celular deve sofrer algumas restrições de uso nas escolas, tanto para permitir um melhor andamento das ações pedagógicas quanto para “desligar” um pouco os alunos do ritmo frenético em que vivemos, é possível tornar este equipamento, tão popular e acessível, igualmente num elemento de trabalho educacional com a criação de projetos que o incluam como ferramenta de pesquisa e produção.
É o chamado bom senso que tanto dosamos em nosso fazer pedagógico.
Partir para o atrito é a pior alternativa.
O diálogo aberto vem como uma opção de acordo.
Claro, aqui no Sul temos um decreto que nos embasa ainda mais nesse sentido, que está a serviço de todos e para todos - docentes e discentes. E, assim como em outros momentos na escola, não pode servir somente para um lado, ambos devem cumprir os acordos estabelecidos. E os pais não podem se abster, devem ser parceiros.
Algumas escolas tem o decreto em local visível a toda Comunidade Escolar para auxiliar no entendimento e divulgação do mesmo - como um suporte.
As opiniões divergem em relação a permitir ou não o uso do celular nas redes privadas e municipais e, até mesmo por algumas pessoas na rede estadual. E isso é normal de acontecer...
Há pesquisas que afirmam que proibir o telefone celular na sala de aula é ineficaz, pois os alunos driblam o veto facilmente. Em contrapartida, em fevereiro deste ano um juiz de Fernandópolis/SP multou os pais de uma adolescente de 16 anos pelo uso indevido do aparelho em aula.

Eu, particularmente, neste momento, tenho muitas ressalvas quanto ao uso do celular em sala. Acredito que conseguimos um impacto maior com nossos jovens utilizando sim a tecnologia, porém, com espaços informatizados e trabalhando essa ferramenta de forma coesa e produtiva, para somar como um recurso eficaz para nossas aulas.

E, você?O que você sugere?
Qual sua opinião sobre este artigo?


Um beijinho no coração!
Claudinha

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